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Celebrar o dia da criança!

IMG_4778O melhor do mundo são as crianças! E hoje é dia de celebrar!

Por elas fazemos tudo, queremos vê-las bem, saudáveis e felizes. O seu choro deixa-nos perdidos, aflitos e inúmeras vezes incomodados. Amar uma criança é senti-la, ouvi-la atentamente, respeitar a sua essência e sintonizado às suas verdadeiras necessidades.

Ser criança é ver os seus direitos respeitados. É ter oportunidades para desenvolver novas competências. É fazer o que mais gosta, sorrir sem limites, é rodopiar sobre sonhos. Uma criança feliz reflete alegria, luz, vivacidade e contagia qualquer um com as suas gargalhadas, gracinhas ou simplesmente com um sorriso maroto.

Com algumas ações diárias, conscientes da sua importância, é possível ajudar as crianças a expandir competências, acreditarem em si próprias e assim, evoluírem positivamente no seu processo de vida.

  1. Conecte-se com a criança: estabeleça ligação entre o que pensa e o sente. Nomeie as emoções e mostre que valoriza o que a criança está a sentir.
  2. Pratique boas conversas: a ligação emocional é a base de qualquer relação. O diálogo entre pais e filhos tem a função de apoiar a criança na elaboração cognitiva sobre as suas emoções. É possível ajudar a criança a expressar o que sente com recurso a palavras, imagens, histórias
  3. Foque-se em soluções: Esta abordagem com as crianças, dá-lhe uma visão mais ampla da vida e abre novas possibilidades para ultrapassar dificuldades.
  4. Deixe a criança decidir: permita que a criança faça escolhas limitadas, de acordo com as suas necessidades e idade, como a escolha de roupa, alimentos, momento em que vai concluir uma tarefa. Esta possibilidade permite ativar zonas do cérebro e aumentar a autoestima, autoconfiança e a autoresponsabilidade.
  5. Substitua ordens por perguntas poderosas: As boas perguntas levam à reflexão e a novas conclusões. Ficam aqui alguns exemplos – Onde podes pôr os teus brinquedos, para os poderes encontrar amanhã, e brincares com eles outra vez? Como podes fazer para os teus dentes ficarem muito limpinhos e brilhantes? Se houvesse uma maneira de estares pronto a horas, qual seria? O que acontece ao teu corpo se não comeres?
  6. Brinque com a criança: As competências que as crianças desenvolvem durante brincadeira são fundamentais para a vida adulta. Quando o lúdico e o divertimento passam a fazer parte da rotina familiar, há mais leveza nas relações entre pais e filhos. Pais que brincam com os seus filhos conseguem participar do universo infantil, transmitindo valores fundamentais para o desenvolvimento da criança, além de se conectarem afetivamente com a criança.

Ter crianças felizes, realizadas, criativas, com saúde emocional e social, não é apenas uma fantasia! Antes pelo contrário, é uma realidade alcançável com a prática consciente e consistente destas ações.

Vamos praticar? Uma excelente forma de celebrar o dia da criança!

 

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Afinal, de quem é a culpa?

IMG_1133Esta é uma pergunta que aparece com frequência no dia a dia das famílias. E surge essencialmente por desencontros entre o que uns querem e o que outros fazem. Pais sentem vergonha de alguns comportamentos dos filhos, perante si, amigos ou até mesmo na escola.

Este assunto está relacionado com alguma experiência vossa?

Em que momentos sentem culpa?

Qual a maior dificuldade que estão a enfrentar na tua família?

Conheço pais que fazem de tudo para evitar comportamentos indesejados dos filhos e também sei de filhos que se esforçam para fazer o que os pais querem, mas ambos sem sucesso. Deste modo, surgem desencontros, desconfortos, desilusões, tristezas e em alguns casos muito sofrimento. Um comportamento é apenas a expressão de um pensamento ou emoção e não está relacionado com os pais, numa perspectiva de ausência de afetos e sentimentos.

Mas afinal, de quem é a culpa?

Se por um lado existem pais que sentem o peso da culpa, por outro existem crianças que reagem mal à frustração e escalam vezes sem conta a parede da desresponsabilização.

A culpa é uma falta voluntária contra o dever; omissão; desleixo, Causa (de mal ou dano) ou Imputação. A culpa por norma, traz associada a desculpa na esperança de se retirar o peso das ações. Por sua vez, Responsabilidade é entendida como a obrigação de responder pelas próprias acções , pelas dos outros ou por coisas confiadas.

E agora continuam a achar que alguém tem culpa? Ou será que existem responsáveis por atitudes e comportamentos?

O que pode mudar, se alimentarem os sentimentos de culpa?
Como mudar comportamentos indesejados de forma efetiva?
Responsabilizarem os filhos com técnicas apropriadas, poderá alterar alguma coisa?
Mas afinal, de quem é a responsabilidade?
De todos nós!
Pais e filhos podem alterar juntos esta realidade. Para tal é necessário reformular ações, intenções e responsabilidades.
De acordo com cada família, os comportamentos e a idade da criança, existem técnicas e ferramentas para intervir no universo infantil que vão potenciar a mudança nos pensamentos, emoções, atitudes e consequentemente nos comportamentos.
 Método KidsCoaching ®
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Boas perguntas para usar no regresso a casa

shutterstock-567621496Quem tem filhos sabe quão desafiante é fazer-lhes perguntas e não obter resposta.

Depois de um dia de escola, o que mais desejamos, além do reencontro é saber o que aconteceu, como, com quem, onde…. ou seja ansiamos obter respostas que nos orientem e informem acerca do seu dia.

Assim surge o “Top 10” das perguntas mais usadas:

  1. O dia foi bom?
  2. Portaste-te bem?
  3. Comeste tudo?
  4. Dormiste?
  5. Aconteceu alguma coisa que me queiras contar (huummm!) ?
  6. Brincaste?
  7. Alguém te fez mal?
  8. Gostas da escola?
  9. Fizeste trabalhos?
  10. O que aprendes-te hoje?

Partindo do princípio que a criança até responde, teremos uma de duas hipóteses: SIM ou NÃO. Então, após o inquérito diário que dura escassos segundos, estamos perante pais à beira de um ataque de nervos, porque os filhos não lhes contam nada, sentindo-se perdidos e sem saber o que fazer.

Conhecem alguém assim?

A boa noticia é que as crianças têm muito para contar, mas nem sempre conseguem organizar o pensamento para responder. Além do mais, muitas vezes precisam de um tempo de resposta que não estamos preparados para lhe dar. Assim, se fizermos perguntas que remetam a criança para uma experiência, vivência ou emoção, estaremos a permitir que estruturem o pensamento e sintam prazer na partilha e comunicação.

Recentemente tive o prazer de conhecer Márcia Belmiro, autora das 20 perguntas que podemos fazer da escola para casa*. Aqui fica o “Top 20” que promete surpreender pais e filhos:

  1. Qual foi a tua brincadeira mais divertida?
  2. De tudo o que aconteceu hoje na escola, o que mais gostaste?
  3. Se pudesses contar a alguém especial o que aconteceu na escola, o que seria?
  4. Porque foi muito bom teres ido à escola?
  5. Qual foi a melhor coisa que te aconteceu hoje?
  6. Como te divertis-te hoje?
  7. Podes ensinar-me o que aprendeste?
  8. De todos os teus amigos, qual é o mais engraçado, alegre, barulhento… o que é que ele fez?
  9. Sentiste uma emoção diferente? qual?
  10. Sorris-te a alguém? Conta-me…
  11. Qual foi a tua maior descoberta?
  12. Se pudesses contar a história do dia de hoje, qual seria?
  13. O que mais gostaste de fazer hoje?
  14. Se pudesses cantar uma música para mostrar como te sentes, qual seria?
  15. O que podes fazer para o dia de amanhã ser ainda melhor?
  16. Se dependesse só de ti par a escola ser mais feliz, o que mudarias?
  17. O que podes fazer para os teus amigos serem felizes?
  18. O que vais querer sentir amanhã no caminho para a escola?
  19. Consegues dizer um motivo para voltares à escola amanhã?
  20. Se pudesses ser um adulto da tua escola, quem serias?

Agora é só experimentar, desfrutar e partilhar a experiência.

* ( versão adaptada do original – método KidsCoaching®)

 

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De volta à escola: O que fazer?

Para muitos esta semana será uma semana de regressos: a casa, à rotina, à escola e ao trabalho. Para algumas crianças será o regresso à escola e o reencontro com os amigos, para outras será o inicio de uma nova jornada, a entrada para a creche, pré-escolar  ou para o primeiro ano do ensino básico.

As mudanças são uma constante da vida e se as vemos como algo positivo, temos parte do sucesso garantido. Alterações que envolvem a dinâmica familiar, são delicadas e por isso requerem tempo para a sua interiorização, preparação adequada e adaptação gradual para pais e filhos.

O tempo é mestre nestes processos e a calma a sua assistente!

Se para nós que já somos “crescidos” não é fácil a “rentrée”, imagine-se o que isto significa para as crianças. Depois de dias, semanas ou meses descontraídos e em família, voltar à agitação de horários e compromissos não é tarefa fácil.

Um dos aspectos centrais especialmente para os mais pequenos é a separação física dos pais ou familiares próximos.

Por onde começar?

Visitar a escola uns dias antes, para conhecer os espaços e as pessoas que lá trabalham. Se tal não for possível passar no local e mostrar o edifício por fora. O importante é mostrar à criança que conhece o caminho e transmitir-lhe a mudança de forma positiva, mencionando aspetos (“esta escola tem muito espaço” , “já viste, fica mesmo perto da nossa casa”, ” As pessoas são muitos carinhosas”)

Conversar com a criança sobre a nova etapa ( “está quase a começar a escola!” ou “estás tão crescido(a) e vais ter muitos amigos” ) e reforçar os sentimentos que nutre por ela (“temos que estar um bocadinho longe uns dos outros, mas continuamos a  gostar de ti daqui até à lua”, “Vamos estar sempre contigo!”).

Envolver a criança na preparação da mochila e dos materiais. As crianças adoram ajudar e participar na escolha, etiquetagem e arrumação dos materiais.

Ler histórias sobre o tema e que permitam abordar os medos e inseguranças que ambos estão a sentir.

Voltar à rotina gradualmente (principalmente nos horários de deitar e acordar), para que o regresso às aulas e ao trabalho se dê com a maior tranquilidade possível. Respeitar o ritmo e a necessidade de cada criança é meio caminho andado para que tudo corra sobre rodas.

Encontrar estratégias para lidar com a ansiedade  e a preocupação excessiva é tarefa dos pais ( sugiro técnicas de Mindfulness). Como mãe, sei que o nosso coração fica apertado, bate a um ritmo louco e passamos o dia a pensar na hora do reencontro. O importante é termos a consciência que o comando está nas nossas mãos. Perder o controlo não é solução! As crianças sentem nas nossas ações e palavras se estamos tranquilos e seguros. Não adianta dizer uma coisa e estar a sentir outra. Demonstrar confiança na escola e nos seus profissionais é imprescindível. Aos poucos vai aprendendo a confiar  e sentir-se mais segura.

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“Toda a criança é um artista”: sugestões úteis para organizar desenhos e pinturas

“A criança incorpora suas manifestação expressiva:
canta ao desenhar, pinta o corpo ao representar,
dança enquanto ouve histórias, representa enquanto
fala”. (DERDYK, 2003)

As crianças adoram desenhar e pintar. Através do desenho expressam o que sentem  e comunicam o que pensam. Registam o seu mundo e o que nele existe. Retratam momentos vividos, boas e más experiências. Revelam com especial facilidade o que gostam e o que não gostam.

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Os pais deliciam-se com os desenhos que os filhos fazem. Muitos guardam-nos anos sem conta, como se de uma pedra preciosa se tratasse.

Eu sou um desses casos. Guardo cada obra de arte dos meus filhos com muito carinho. Sei que revelam muito do que são e sentem, da sua história de vida.

Adoro ver as pastas de fim de ano com os meus filhos. Juntos recordamos o que fizeram, o que gostaram, o que sentiram e também falamos sobre o que não aconteceu como esperado. Evocamos boas memórias que ajudam a contar e recontar a sua história de vida. São ótimos momentos de partilha, proximidade e também de alguma emoção.

O que fazer com tantas produções artísticas?

Sei que nem sempre é fácil guardar todos os trabalhos em casa. Quanto a mim, não seria a melhor opção para preservar tais relíquias.

A minha sugestão é que guardem os trabalhos mais significativos por ano e com estes organizem um “álbum de memórias”, onde também podem juntar fotografias, imagens, diplomas, cartas, imagens, que ajudam a retratar os momentos mais significativos. O processo de seleção dos trabalhos pode ser realizado com a criança, ajustando sempre as tarefas à sua idade. Esta participação envolve a criança e permite a integração de acontecimentos e vivências do contexto escolar para a vida familiar. Se ainda assim existirem obras de arte, podem montar uma galeria numa parede da casa ( com pinturas da criança e dos pais quando pequenos), ou emoldurar e oferecer a familiares. Há um mundo de possibilidades e muitos materiais que conjugados, dão uma nova cor à vida!

Prontos para experimentar?

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Horário de verão: como ajudar as crianças nesta adaptação?

Este fim de semana chega ao fim o horário de inverno e abrimos as portas ao horário de verão.

Esta mudança de horário traz consigo alterações na rotina e ritmos das crianças e consequentemente das suas famílias. Não se admirem se a criança apresentar cansaço, falta de apetite, aumentar as birras (sim, eu sei que as birras são frequentes!) ou recusa para ir ou sair da cama. Podem existir outros cenários dependendo da criança e da dinâmica familiar.  Como pais, será importante ter esta consciência para agirmos com a flexibilidade e paciência necessária nesta fase. Às crianças é exigido um esforço adicional para esta adaptação, pois não possuem os mecanismos que nós adultos possuímos.  Para ajudá-las cá estamos nós, o seu porto seguro, o seu guia, a luz dos seus olhos!

Assim, vamos ao que interessa. Deixo-vos aqui dicas que considero imprescindíveis na integração/ajustes nas rotinas diárias:

SONO- No dia anterior deite a criança um pouco mais cedo e nos dias anterior vá ajustando o horário, tendo em conta o tempo que demora a adormecer. Como haverá luz até mais tarde, siga o ritual de fechar estores e janelas, no período que antecede a ida para a cama, para a criança entender que se está escuro é hora de dormir (especialmente crianças até aos cinco anos) e evitar despertar demasiado cedo ( é provável que aconteça).  Há, não permita que a criança durma de dia para compensar as alterações de sono à noite;

ALIMENTAÇÃO – é provável que a criança apresente perda de apetite ou recusa alimentar na primeira semana. Isto é expectável, pois terá que comer uma hora mais cedo. Na semana de adaptação evite alimentos pesados ou introdução de novos alimentos. Não force a criança a comer. Respeite o seu ritmo e os sinais que vai dando.

SAÚDE – Algumas crianças podem demonstrar sintomas que podem fazer crer que está doente. Será importante uma avaliação ponderada (registo de sintomas, tempratura…) para evitar a ida para o médico/ hospital sem necessidade. Em caso de dúvida ligue ao médico ou para a saúde 24.

ESCOLA – mantenha o horário de entrada e saída da escola, principalmente neste período de adaptação, pois qualquer mudança poderá confundir a criança. Igualmente será importante manter a rotina de quem leva e vai buscar. Comunicar com educadores/professores no que respeita a qualquer alteração/ajuste ou necessidade da criança é fundamental neste processo.

PASSEIOS AO AR LIVRE – Momentos de exposição solar e passeios ao ar livre facilitaram a os ajustes do relógio biológico da criança e dos pais.

PAIS – nesta fase é necessário que sejam pacientes, flexíveis e que preparem com atenção esta mudança.

A boa noticia é que com os dias maiores e mais sol terão mais tempo para estar juntos!

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Quatro segredos sobre as rotinas

No contexto familiar é fundamental a adoção de estratégias que favoreçam a integração de rotinas. Para tal, os pais devem respeitar, com algum rigor, os horário referentes à alimentação, higiene e ao sono, para que a criança consiga criar um padrão equilibrado e sentir conforto e segurança.

Queres saber os meus segredos?

Segredo nº 1 – Introdução de horários na rotina da criança (deve ser gradual, flexível e ajustável)

Enquanto mãe acredito que devemos zelar por sermos bons modelos para os nossos filhos, porque aprendem essencialmente por imitação. Outra prática importante é a utilização de estratégias eficazes que respondam às necessidades dos filhos. Conhecê-los bem é fundamental para fazer ajustes na rotina.

Segredo nº 2 – Conhecer bem a criança e as suas reais necessidades (estas mudam consoante a fase de desenvolvimento e mesmo entre irmãos existem diferenças significativas)

Definir desde cedo, horários adequados de alimentação, higiene e sono, ensinam a criança a respeitar os seus ritmos biológicos e permitem maior adaptação às atividades diárias, sendo igualmente fortalecedoras das funções parentais. Outro aspecto relevante é a importância de envolver a criança na rotina e em tarefas de acordo com a sua idade.

Segredo nº 3 – Organizar horários e dá-los a conhecer à criança de forma verbal ou não verbal, através de rituais que antecedem determinados momentos do dia-a-dia (tomar banho antes do jantar, Dormir depois da história, brincar antes do banho).

Não existem dúvidas que as rotinas familiares são exigentes. Para muitos pais, a quem é atribuída uma missão “quase impossível” de levar a bom porto o seu barco, são sinónimo de stress e cansaço, para outros representam equilíbrio e tranquilidade.

Segredo n. 4 – Utilizar sempre a rotina a nosso favor, mesmo quando os horários se alteram ou surgem imprevistos.

 

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Como sobreviver à maratona de festas

IMG_6337-1.JPGAs festas de aniversario já não são o que eram. As crianças, de hoje, não se contentam com uma simples festa em casa e lanche preparado pela mãe (salvo algumas exceções). Pelo contrário querem a festa no lugar XPTO, com um lanche XPTO, onde os amigos também festejaram. E assim, em alguns casos, participam em várias festas no mesmo local várias vezes no ano.

Haja criatividade e boa disposição para enfrentar esta maratona de festas. Por mim falo, que chegam a ser quatro festas repartidas por sábado e domingo.

Além da gestão do tempo familiar, que mais parece uma corrida olímpica, não podemos esquecer o impacto das festas no orçamento familiar. Isto porque, a famosa prenda é um aspeto de grande importância para crianças e para muitos pais.

Ao pensar no tema dei por mim a interrogar-me: porque damos presentes? Porque ensinamos os nossos filhos a fazê-lo? Como atribuímos o valor ao presente? como explicamos o valor do presente à criança?

Pois bem, descobri (não que não soubesse) que dar presentes é um ato de expressar sentimentos, retirando de nós algo que poderíamos utilizar para proveito próprio. Também damos presentes porque gostamos de ver a outra  pessoa sorrir e de sorrir com ela. Os presentes para serem especiais têm que ser pensados e escolhidos com o coração, independentemente do seu valor. É precisamente aqui que gostava de refletir um pouco convosco. Será que é isso que temos transmitido aos mais pequenos?

Conheço algumas crianças que deixam de ir a festas porque não podem dar presentes. Sei falar no exagero de consumo que se gera a partir destes momentos e muitas vezes a criança nem gosta de alguns presentes.

Com o intuito de facilitar a corrida às festas, partilho aqui algumas formas de gerir a questão das prendas, juntando o útil ao agradável, rentabilizando necessidades e recursos.

Dicas úteis:

  • Prenda coletivas ( permite oferecer algo de maior valor e que a criança deseja, com menor valor para cada um)
  • Personalização de presentes ( versão “homemade”, recomendo vivamente, principalmente pelos valores que se transmitem neste processo)
  • oferta de experiências ( ex: uma ida ao cinema com o(a) amigo(a)
  • donativo a instituição de apoio social (dependendo da idade e do grau de compreensão, pode ser uma boa opção para sensibilizar as crianças para a importância de ajudar e partilhar).

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A arte de educar: tudo no tempo certo

Muitos de nós ouvimos ou até dizemos:

♥ ” Tudo tem o seu tempo”

♥ ” É preciso dar tempo ao tempo”

♥ ” A maior parte do nosso tempo passa-se a passar o tempo”

♥ ” O tempo é o relógio da vida”

♥ ” Tudo na vida quer tempo e medida”

♥ ” O tempo é mestre”

♥ ” O tempo que vai, não volta”

Mas, em algumas circunstâncias da vida ficamos impacientes por algo não a acontecer no tempo idealizado… pela demora ou pelo avanço repentino e inesperado. Enfim, desejamos que tudo seja no “nosso tempo” e não no “tempo certo”.

Quando o bébé nasce desejamos que seja calminho, coma bem e nos deixe dormir umas horas seguidas… depois ansiamos que seja boa boca e que comece a andar rápido para não precisar de cadeira e de colo… rapidamente passamos ao desespero porque não pára um minuto e perguntamos: tem pilhas duracel? Passado um tempo esperamos que fale corretamente para que o entendamos melhor e ficamos radiantes quando isso acontece! Depois sonhamos com o momento em que nos deixará ler um livro sem interromper (para dizer vezes sem conta: mamã olha ou tenho fome!!) Também idealizamos aquele dia em que vamos conseguir sair de casa sem que fique a chorar e nos faça sentir mal.  Entretanto, lá vem o tempo em que já autónomos, respiramos fundo e levantamos as mãos ao alto: finalmente podemos desfrutar um pouco do nosso tempo! Depressa sentimos que não somos tão úteis como já fomos, pois vivem sem os nossos cuidados e começamos a colher os frutos da nossa dedicação e amor. Nesta fase, quando desejamos um beijo ou um abraço, dizem: oh, mãe! Nesta altura, talvez alguns de nos desejassem tê-los no colo, abraçar e fazer-lhes festinhas. Depois, depois não sei… mas imagino que saiam e diga: não tenho horas para chegar… e nessa altura o que sentiremos nós?

A educação é um ato que requer paciência e persistência. É uma ato de amor e de dedicação plena. Quem educa não desiste, planta todos os dias e espera que o tempo traga os bons frutos. Acredita num futuro melhor e principalmente vive o tempo presente: o aqui e o agora é o segredo para aproveitar cada momento da vida dos nossos amores.

Para educar é necessário ouvir o tempo, interpretar os sinais, ler nas entrelinhas, ver o que não existe, como se realmente existisse, parar, silenciar e escutar principalmente com a alma. Deixar que o “tempo certo” bata à nossa porta e saber recebê-lo é a arte de educar.

Quando é tempo de acontecer, tudo se encaixa, tudo se processa de um modo natural. Essa é a essência da educação… tudo no tempo certo!

“O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem!
o tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem.”

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A Mágica de Educar

A Educação não é um tema consensual. São inúmeras as teorias e perspetivas que podem apoiar ou refutar as nossas opções parentais. Como mãe sigo uma linha de educação alicerçada no afeto, confiança e responsabilização (ACR). Na relação com os meus filhos utilizo uma regra de ouro – DCC, assente na Disciplina, Coerência e Consistência. Não tenho qualquer dificuldade em aconselhar a sua implementação pois já testei inúmeras vezes e funciona com várias idades.

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Com os filhos temos que ser sinceros e explicar-lhes bem o que esperamos deles e quais são as suas responsabilidades como filhos. Só assim podemos ajustar as nossas expectativas às suas reais necessidades e capacidades. Existem vários momentos de um dia, em que somos desafiados e muitas vezes deixamo-nos vencer pela persistência que só uma criança sabe exibir. Por exemplo, a regra “DCC” resulta muito bem quando um filho se lembra de fazer uma birra, porque quer algo no supermercado. Pois é… muitas pais deixam de sair com os filhos por este motivo. Sabem o que faço? Se, efetivamente não pretendo comprar doces, antes de sair de casa ou no caminho, transmito essa informação, explicando o motivo da decisão. É importante que a criança saiba o que pode e o que não pode fazer com antecipadamente. No local, como já seria esperado, o pedido surge para testar até onde vai a minha determinação. Todos sabemos que as estratégias de marketing também não ajudam muito, com a exposição de produtos na linha da caixa e ao nível da criança.

As crianças são mesmo assim e nós temos que estar sempre à frente nesta corrida de testar poderes e limites parentais. Então, com uma voz calma e firme respondo: filha, mãe não te vai comprar nada, já te tinha dito, lembras-te? E ai começa a corrida da persistência. É neste momento que entra a regra que partilhei anteriormente. Se decidi não comprar doces, não devo retroceder, por muito que me custe enfrentar o olhar dos expectadores, tenho que disciplinar com sabedoria, demonstrar coerência entre o que digo e o que faço, bem como consistência na minha atitude, mesmo que ela chore, grite, esperneei e diga que não gosta de mim, o que normalmente acontece.

Este é o ponto central da educação, se temos bem definidos as nossas intenções, nunca as devemos abandonar, nem trocar por algo que não nos levará ao destino pretendido. Encaro a parentalidade como um projeto de vida e portanto não posso abrir mão de valores e princípios que estão na base da educação dos meus filhos. Qualquer criança precisa conhecer bem os limites que a vida lhe impõe, para aprender a viver e ser um indivíduo completo e feliz. Neste limbo que é educar, todos ganham com esta prática de parentalidade consciente!

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