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“Festas” com elas: Sim ou Não?

img_5137-1Com o verão à porta, chegam as festas e para muitos as dúvidas em relação a levarem os filhos consigo.

Que as crianças gostam de festas, isso é bem verdade! Mas também é verdade que as crianças precisam de rotinas e de estar em locais onde se sintam seguras.

A questão de levar ou não levar prende-se, essencialmente com dois aspetos: os pais desejam desfrutar, as crianças terão mil e uma razões para exigir atenção. Existirá compatibilidade de interesses? Ambos ganharão com a partilha destes momentos? Em alguns casos, sim, noutros será preferível ponderar é mesmo com alguma dificuldade deixar a criança em casa.

Para ajudar a decisão há que ter em conta:

@ a idade da criança (até aos seis anos, é um caso a considerar)

@ os hábitos de rotina (higiene, alimentação e sono)

@ o local, hora e duração da festa

Será igualmente importante perceber se existirão outras crianças e espaços adequados para brincar. Sim, porque para uma criança, festa é sinónimo de brincadeira e diversão!

Se a decisão for “festa com elas” seguir uma lista deste género, será meio caminho andado para assegurar que tudo correrá às mil maravilhas:

* explicar à criança onde vão e que comportamento esperam dela (reforçando que está mais crescida ou outro aspeto que relevante)

* definir antecipadamente tarefas entre pais ou outros familiares/amigos, para que não se dê o típico jogo do empurra (a criança não vai gostar) ou que aconteça um acidente por falta de vigilância (quando há muita gente por perto, há probabilidades de acontecer!)

* não levar a criança com fome (evita algumas birras, em caso de alterações ou atrasos! )

* preparar mala com muda de roupa, chapéu e calçado confortável (pode acontecer sujar-se ou sujarem-na)

* levar Kit SOS (toalhitas, protetor solar, repelente, termómetro e medicação para usar em caso febre)

* não esquecer brinquedos/objetos pessoais. De preferencia escolhidos pela criança. (vão ver que ajudam imenso em momentos de crise)

* evitar o recurso a tecnologias, pois limitam a interação da criança com o que está a acontecer à sua volta (estar sossegada não é sinónimo de bem-estar, nem um antídoto para alterações de humor e chamadas de atenção)

* já no local da festa procurar ficar afastado de janelas, portas, escadas e equipamentos (a diminuição de estímulos sonoros e visuais, por norma, propiciam a calma e o auto-controlo).

Se, por outro lado, decidir não levar a criança é importante transmitir-lhe como tudo se irá passar (a conversa deve ser ajustada à sua idade e características individuais).

Parece complexo mas não é.

Afinal, festas com elas?

É mesmo uma questão de opção…

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Carnaval: segredos da infância

Por estes dias vive-se, um pouco por todo o lado, a euforia do carnaval!

Carnaval e crianças parecem combinar na perfeição. Cores, alegria, movimento, fantasia, criatividade, brincadeira e imaginação, são palavras de ordem nesta festa. As crianças que gostam do carnaval deliram com os fatos das suas personagens favoritas e ao vesti-los encarnam a personagem em grande. Adoram mascarar-se, viver as personagens e brincar com serpentinas e confetis. Princesas, piratas, animais ou super-heróis, o que interessa é chamar a fantasia e viver verdadeiros contos de fadas.

Mas nem sempre é assim… há crianças, que literalmente, não gostam do carnaval. Por norma este sentimento está associado à dificuldade de separar a realidade da fantasia e à existência de medos. Estes por sua veze, são alimentados no seu imaginário e aumentam, em grande escala, com o aparecimento de máscaras e adereços presentes em fantasias utilizadas por crianças e adultos.

O papel dos adultos é fundamental, na implementação de estratégias adequadas para minimizar os efeitos ao invés de ampliá-los. É muito importante ouvir a criança e compreendê-la. Não se deve levar a mal ou entender que a criança está a fazer “fita”. É necessário devolver-lhe a segurança que necessita para vencer os seus medos. IMG_3431.JPGDos adultos é esperado bom senso e tolerância!

“Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade.”
(Vygotsky)

Conceição PereiraAmor d`3ducação

Foto: Pinterest