Chegou dezembro, o mês do Natal, a festa mais desejada pelas crianças. Sinónimo de magia, casas enfeitadas, da chegada do pai natal, das prendas, da reunião da família, da árvore de natal, do presépio, das tradições, das compras, das luzes por todo o lado e dos doces das mães, tias e avós.
Nesta época, o amor toma outras proporções, cheiros diferentes pairam no ar e o frio confunde-se com o calor das luzes que enfeitam as ruas. Reencontramos familiares e amigos que não víamos há muito, fazemos mais compras e também abusamos nos docinhos.
No Natal ficamos mais predispostos para ajudar o próximo, partilhar o que temos, dar um pouco do nosso tempo e estar com as pessoas de que realmente gostamos.
Mas afinal, o que é o Natal ? O que pensamos está em consonância com o que vivemos? O que verdadeiramente transmitimos às crianças?
No fundo, bem lá fundo, todos sabemos que o Natal é muito mais do que simples palavras bonitas. Assim e porque o Natal é muito mais que uma noite em que recebemos presentes, partilho 10 segredos para termos um Natal especial:
Transmitir à criança que o Natal é a festa do nascimento de Jesus, independentemente das suas crenças ou opções religiosas. Esta é uma história como muitas outras… os livros são excelentes auxiliares e podem criar momentos deliciosos entre pais e filhos!
Envolver as crianças nos preparativos (decoração da casa, confecção de doces tradicionais, programas em família, construir o presépio), transmitindo valores inerentes às tradições da família;
Fazer um calendário do advento com a criança, ajudará a compreender quantos dias faltam até ao dia de Natal. Este calendário pode incluir mensagens, desafios, surpresas, adivinhas e também uns docinhos. Serão momentos divertidos em família;
Substituir o consumo excessivo por prendas criativas feitas com o coração. Deste modo, as crianças aprendem que o valor de uma prenda está na intenção. O maior valor está no sentimento inerente à dádiva e não no ato de comprar;
Mostrar à criança que existem diferentes formas de festejar o Natal. Podem ver juntos vídeos sobre o tema, ou até falar com familiares ou amigos que estão a viver noutros Países;
Assistir a concertos ou eventos de Natal, reforçará laços e cria boas memórias para a vida;
Fazer um lanche com amigos para troca de livros ou brinquedos (usados e claro, em bom estado). A troca pode ser feita através de sorteios ” amigo secreto”.
Tirar uma fotografia de família, com ou sem Pai Natal, para mais tarde recordar;
Definir em família o número de presentes por pessoa, sem contar com o do Pai Natal (Dãaaaaa!). Deste modo, podem evitar-se gastos desnecessários e o principalmente o desperdício, dois conceitos que também podem ser integrados nesta altura do ano;
Ajudar quem precisa é uma excelente forma de transmitir os valores da Solidariedade. As crianças são “experts “nesta matéria. Podemos envolvê-las na seleção de roupas e brinquedos para doar. O resultado é surpreendente!
Um Natal assim será, com toda a certeza, mais sentido, mais colorido, mais vivido, mais quentinho, mais docinho… será verdadeiramente um Natal especial!
Feliz Natal!
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Hoje vou contar-vos uma história. Uma história real igual a tantas outras, mas que de algum modo pode ajudar-nos a compreender o universo infantil e descobrir uma nova abordagem na educação.
Esta é a história de uma menina de quatro anos que foi para uma escola nova. Neste contexto, o mais seguro era a presença da sua mãe, que a levava e ia buscar todos os dias. A criança chorava no caminho para a escola, intensificando o choro nos momentos de despedida. A mãe sonhava com o dia em que chegariam tranquilamente à escola. Na tentativa de terminar este “carrossel emocional” dizia-lhe: “pára de chorar, ninguém te está a fazer mal”; ” és tão crescida e mais pareces um bébé”; ” estão todos a olhar para ti”; ” Por favor filha, pára com isso, a mãe tem de ir trabalhar” ou “se parares de chorar, a mãe compra-te uma prenda”... algumas das tentativas funcionavam um dia, mas nada tinham um efeito duradouro e consistente. Depois da mãe sair parava de chorar e passados uns minutos estava tranquila. Em conversa com a mãe, compreendi que estava com imensas dificuldades em gerir a situação, sentindo-se perdida, angustiada, cheia de dúvidas, sentimentos de culpa e como baixa auto-estima, colocando em causa as suas competências de mãe.
Assistir a esta situação deixava-me incomodada, pelo desespero emocional de ambas. Confesso que houve dias em que não sabia se consolava a mãe ou filha. Por muitas sugestões que tivesse para dar, sabia que nada ajudaria como o Método Kids Coaching.
Como terminou a história?
Com uma abordagem centrada nas necessidades e sentimentos da criança, mãe e filha conseguiram transformar um momento de sobrevivência numa oportunidade de evolução cognitiva e emocional. Assim, a menina passou a entrar na escola feliz, sem chorar e a despedir-se tranquilamente da mãe.
Através da aplicação do método KidsCoaching®, esta mãe encontrou respostas dentro de si que possibilitaram adotar o estilo de relacionamento mais ajustado àquela situação e necessidade da criança, elevando-a a um patamar de empatia, compromisso e realização daquilo que era importante para ambas.
Com a utilização desta abordagem na educação, todos ganham:
♥ Os adultos aprendem a respeitar os sentimentos da criança, conversar sobre o que pensa, preocupa ou imagina, a estabelecer regras/acordos e elogiar as suas conquistas. Com este estilo de relacionamentos são visíveis melhorias no relacionamento com a criança, maior confiança como pais e conhecimento de técnicas e práticas facilmente aplicáveis para lidar com suas próprias emoções.
♥ As crianças adquirem maior autoconhecimento, autoconfiança, automotivação, sentimento de conquista, melhor relacionamento com família e amigos, melhor entendimento de sentimentos/emoções e maior aceitação/tolerância.
Com esta pequena história compreendemos que a hipótese de ter filhos felizes, com sucesso e emocionalmente saudáveis, não faz parte do mundo da fantasia. Na missão de educar, desejar o melhor para os filhos parece ser insuficiente, tendo em conta a velocidade das mudanças sociais entre gerações. Sermos pais imperfeitos não limita a possibilidade de sermos pais conscientes, transformando dificuldades em oportunidades, conseguindo o equilíbrio familiar que tanto desejamos.
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Há uns dias enquanto desfolhava um livro li a seguinte frase, de Pitágoras:
“Educar não é dar uma carreira para se viver, mas sim temperar a alma para enfrentar as dificuldades da vida.”
Este é um desafio e um grande aliado na educação. Acredito que é urgente ensinar a saborear a vida, olhar para o que nos rodeia, despertar os sentidos, ao invés de ocupar o corpo e mente, consumindo tudo em modo acelerado na esperança de encontrar uma gratificação.
O que queremos afinal? Como pretendemos educar?
Educar a Emoção é permitir desenvolver o potencial cerebral de uma criança. É uma tarefa exigente e ambiciosa, porém possível e com resultados extraordinários. Acreditem, é um investimento seguro e com rendimentos acima da média.
Felizmente existem algumas estratégias para ajudar neste processo. Apesar de não constituírem uma receita infalível, permitem evoluir e traçar o caminho para embarcar na aventura pelo mundo das emoções.
Aqui ficam algumas dicas:
@ Desenvolver desde cedo um vínculo adequado com os filhos;
@ Ser uma influência na conduta (ser um bom exemplo! q.b);
@ Dê momentos, em vez de coisas (todos os dias);
@ Desenvolver a empatia, comunicação e assertividade, através de exercícios diários e jogos lúdicos;
@ Ensinar a desfrutar o presente (práticas de mindfulness ajudam bastante);
@ Falar sobre os medos e desconstruí-los em conjunto (os medos quase sempre são criados por nós, muitos deles não existem!);
@ Falar regularmente sobre emoções e associá-las a momentos da vida;
@ Plantar sementes da felicidade e segurança fundamentais para fazer face a momentos que exigem resiliência.
Educar a emoção é fundamental para o desenvolvimento harmonioso da criança. O desafio é ensinar a criança a conhecer e identificar emoções, saber expressar, compreender, gerir e aceitar sentimentos pela positiva.
Educar a emoção é a chave para o bem-estar presente e futuro!
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Esta é uma pergunta que aparece com frequência no dia a dia das famílias. E surge essencialmente por desencontros entre o que uns querem e o que outros fazem. Pais sentem vergonha de alguns comportamentos dos filhos, perante si, amigos ou até mesmo na escola.
Este assunto está relacionado com alguma experiência vossa?
Em que momentos sentem culpa?
Qual a maior dificuldade que estão a enfrentar na tua família?
Conheço pais que fazem de tudo para evitar comportamentos indesejados dos filhos e também sei de filhos que se esforçam para fazer o que os pais querem, mas ambos sem sucesso. Deste modo, surgem desencontros, desconfortos, desilusões, tristezas e em alguns casos muito sofrimento. Um comportamento é apenas a expressão de um pensamento ou emoção e não está relacionado com os pais, numa perspectiva de ausência de afetos e sentimentos.
Mas afinal, de quem é a culpa?
Se por um lado existem pais que sentem o peso da culpa, por outro existem crianças que reagem mal à frustração e escalam vezes sem conta a parede da desresponsabilização.
A culpa é uma faltavoluntáriacontraodever; omissão; desleixo, Causa (demaloudano) ou Imputação. A culpa por norma, traz associada a desculpa na esperança de se retirar o peso das ações. Por sua vez, Responsabilidade é entendida como a obrigaçãoderesponderpelaspróprias acções, pelasdosoutrosouporcoisasconfiadas.
E agora continuam a achar que alguém tem culpa? Ou será que existem responsáveis por atitudes e comportamentos?
O que pode mudar, se alimentarem os sentimentos de culpa?
Como mudar comportamentos indesejados de forma efetiva?
Responsabilizarem os filhos com técnicas apropriadas, poderá alterar alguma coisa?
Mas afinal, de quem é a responsabilidade?
De todos nós!
Pais e filhos podem alterar juntos esta realidade. Para tal é necessário reformular ações, intenções e responsabilidades.
De acordo com cada família, os comportamentos e a idade da criança, existem técnicas e ferramentas para intervir no universo infantil que vão potenciar a mudança nos pensamentos, emoções, atitudes e consequentemente nos comportamentos.
Quem tem filhos sabe quão desafiante é fazer-lhes perguntas e não obter resposta.
Depois de um dia de escola, o que mais desejamos, além do reencontro é saber o que aconteceu, como, com quem, onde…. ou seja ansiamos obter respostas que nos orientem e informem acerca do seu dia.
Assim surge o “Top 10” das perguntas mais usadas:
O dia foi bom?
Portaste-te bem?
Comeste tudo?
Dormiste?
Aconteceu alguma coisa que me queiras contar (huummm!) ?
Brincaste?
Alguém te fez mal?
Gostas da escola?
Fizeste trabalhos?
O que aprendes-te hoje?
Partindo do princípio que a criança até responde, teremos uma de duas hipóteses: SIM ou NÃO. Então, após o inquérito diário que dura escassos segundos, estamos perante pais à beira de um ataque de nervos, porque os filhos não lhes contam nada, sentindo-se perdidos e sem saber o que fazer.
Conhecem alguém assim?
A boa noticia é que as crianças têm muito para contar, mas nem sempre conseguem organizar o pensamento para responder. Além do mais, muitas vezes precisam de um tempo de resposta que não estamos preparados para lhe dar. Assim, se fizermos perguntas que remetam a criança para uma experiência, vivência ou emoção, estaremos a permitir que estruturem o pensamento e sintam prazer na partilha e comunicação.
Recentemente tive o prazer de conhecer Márcia Belmiro, autora das 20 perguntas que podemos fazer da escola para casa*. Aqui fica o “Top 20” que promete surpreender pais e filhos:
Qual foi a tua brincadeira mais divertida?
De tudo o que aconteceu hoje na escola, o que mais gostaste?
Se pudesses contar a alguém especial o que aconteceu na escola, o que seria?
Porque foi muito bom teres ido à escola?
Qual foi a melhor coisa que te aconteceu hoje?
Como te divertis-te hoje?
Podes ensinar-me o que aprendeste?
De todos os teus amigos, qual é o mais engraçado, alegre, barulhento… o que é que ele fez?
Sentiste uma emoção diferente? qual?
Sorris-te a alguém? Conta-me…
Qual foi a tua maior descoberta?
Se pudesses contar a história do dia de hoje, qual seria?
O que mais gostaste de fazer hoje?
Se pudesses cantar uma música para mostrar como te sentes, qual seria?
O que podes fazer para o dia de amanhã ser ainda melhor?
Se dependesse só de ti par a escola ser mais feliz, o que mudarias?
O que podes fazer para os teus amigos serem felizes?
O que vais querer sentir amanhã no caminho para a escola?
Consegues dizer um motivo para voltares à escola amanhã?
Se pudesses ser um adulto da tua escola, quem serias?
Agora é só experimentar, desfrutar e partilhar a experiência.
* ( versão adaptada do original – método KidsCoaching®)
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A entrada na escola para os mais pequenos ou a mudança para os mais crescidos, requer das famílias predisposição e estratégias para gerir esta fase!
A adaptação a qualquer mudança requer tempo, paciência e persistência. Especialistas na área comportamental afirmam ser necessários vinte e um dias para instalar uma mudança. Por mais complexo que seja o processo, desistir não é opção.
Já passei inúmeras vezes por este processo, em duas posições diferentes: como mãe e como educadora. Tenho duas experiências das quais retirei diferentes perspectivas. Quer de um lado, quer do outro sempre encontrei as mesmas necessidades e foi isso que me levou a partilhar este texto.
A adaptação à escola é um tema que dá “pano para mangas”. Esta fase traz consigo um acréscimo de responsabilidade e um misto de sentimentos e emoções.
Pais e filhos desde tenra idade são expostos a um teste de bravura e são-lhes exigidas competências, que em momento algum imaginaram.
À criança é exigido um esforço imensurável para gerir a ausência das figuras de referência, a distância física e o vazio emocional. Para ajudar os adultos desejam a pés juntos que não hajam birras nem “cenas”, especialmente até chegarem à escola. Para tal, alguns pais cedem à tentação de fazer promessas, a chantagens e negociações que em nada beneficiam um processo de mudança e de adaptação. Algumas crianças queixam-se de dores, fazem febre ou apresentação sintomas próprios de doença,
Aos pais, por sua vez, é exigido que se comportem adequadamente (como adultos que são), consigam despedir-se com facilidade, sejam fortes, cheguem a horas, que não se esqueçam dos materiais, que os deitem a horas, que transmitam calma e segurança, que não chorem, que mostrem confiança na escola, que não desistam ao primeiro sinal de medo ou desconfiança.
Acredito que é possível uma adaptação tranquila e progressivamente consolidada se forem implementadas algumas estratégias facilitadoras. Assim, é fundamental:
– Conversar com a criança sobre o tema( esta é o início de todo o processo. Aqui a criança começa a pensar sobre o assunto);
– Antecipar os momentos que vão chegar, através de treino de comportamentos possíveis.Com esta prática a criança tem a oportunidade de se preparar e ser preparada, sendo-lhe mostrado o que é esperado e de que forma pode gerir sentimentos e emoções;
– Visitar a escola uns dias antes é uma ótima forma de tornar real o que possa ter sido falado, reforçando os pontos fortes do espaço e das pessoas (obviamente sendo verdade). As crianças sentem-nos e sabem se estamos a ser verdadeiros;
– Quando se inicia a adaptação à escola , caso existam condições para fazê-lo de forma gradual, o tempo de permanência deve aumentar dia após dia e nunca acontecer o contrário;
– Permitir que a criança escolha um objeto para levar na mochila ( os peluche, foto dos pais, brinquedo). Costumo utilizar uma estratégia que aprendi com uma educadora e que faz sucesso: preparar com a criança uma folha com foto dos pais, irmãos e/ou animais. Esta folha pode ficar na mochila para a criança rever sempre que sentir saudades. Está é uma estratégia de auto-regulação bastante eficaz;
– Nos primeiros quinze dias a um mês a criança deve manter uma rotina o mais tranquila possível, sem grandes eventos ou compromissos. Criar rotinas próximas do período escolar será o ideal;
– Confiar na equipa da escolaé meio caminho para o sucesso deste processo. Caso tenhas dívidas, pergunta. A partilha e a confiança são elementos fundamentais para o sucesso da integração e o bem-estar de pais e filhos.
Bom ano letivo!
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Para muitos esta semana será uma semana de regressos: a casa, à rotina, à escola e ao trabalho. Para algumas crianças será o regresso à escola e o reencontro com os amigos, para outras será o inicio de uma nova jornada, a entrada para a creche, pré-escolar ou para o primeiro ano do ensino básico.
As mudanças são uma constante da vida e se as vemos como algo positivo, temos parte do sucesso garantido. Alterações que envolvem a dinâmica familiar, são delicadas e por isso requerem tempo para a sua interiorização, preparação adequada e adaptação gradual para pais e filhos.
O tempo é mestre nestes processos e a calma a sua assistente!
Se para nós que já somos “crescidos” não é fácil a “rentrée”, imagine-se o que isto significa para as crianças. Depois de dias, semanas ou meses descontraídos e em família, voltar à agitação de horários e compromissos não é tarefa fácil.
Um dos aspectos centrais especialmente para os mais pequenos é a separação física dos pais ou familiares próximos.
Por onde começar?
♥ Visitar a escola uns dias antes, para conhecer os espaços e as pessoas que lá trabalham. Se tal não for possível passar no local e mostrar o edifício por fora. O importante é mostrar à criança que conhece o caminho e transmitir-lhe a mudança de forma positiva, mencionando aspetos (“esta escola tem muito espaço” , “já viste, fica mesmo perto da nossa casa”, ” As pessoas são muitos carinhosas”)
♥ Conversar com a criança sobre a nova etapa ( “está quase a começar a escola!” ou “estás tão crescido(a) e vais ter muitos amigos” ) e reforçar os sentimentos que nutre por ela (“temos que estar um bocadinho longe uns dos outros, mas continuamos a gostar de ti daqui até à lua”, “Vamos estar sempre contigo!”).
♥ Envolver a criança na preparação da mochila e dos materiais. As crianças adoram ajudar e participar na escolha, etiquetagem e arrumação dos materiais.
♥ Ler histórias sobre o tema e que permitam abordar os medos e inseguranças que ambos estão a sentir.
♥ Voltar à rotinagradualmente (principalmente nos horários de deitar e acordar), para que o regresso às aulas e ao trabalho se dê com a maior tranquilidade possível. Respeitar o ritmo e a necessidade de cada criança é meio caminho andado para que tudo corra sobre rodas.
♥ Encontrar estratégias para lidar com a ansiedade e a preocupação excessiva é tarefa dos pais ( sugiro técnicas de Mindfulness). Como mãe, sei que o nosso coração fica apertado, bate a um ritmo louco e passamos o dia a pensar na hora do reencontro. O importante é termos a consciência que o comando está nas nossas mãos. Perder o controlo não é solução! As crianças sentem nas nossas ações e palavras se estamos tranquilos e seguros. Não adianta dizer uma coisa e estar a sentir outra. Demonstrar confiança na escola e nos seus profissionais é imprescindível. Aos poucos vai aprendendo a confiar e sentir-se mais segura.
Dúvidas e partilhas
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“A criança incorpora suas manifestação expressiva:
canta ao desenhar, pinta o corpo ao representar,
dança enquanto ouve histórias, representa enquanto
fala”. (DERDYK, 2003)
As crianças adoram desenhar e pintar. Através do desenho expressam o que sentem e comunicam o que pensam. Registam o seu mundo e o que nele existe. Retratam momentos vividos, boas e más experiências. Revelam com especial facilidade o que gostam e o que não gostam.
Os pais deliciam-se com os desenhos que os filhos fazem. Muitos guardam-nos anos sem conta, como se de uma pedra preciosa se tratasse.
Eu sou um desses casos. Guardo cada obra de arte dos meus filhos com muito carinho. Sei que revelam muito do que são e sentem, da sua história de vida.
Adoro ver as pastas de fim de ano com os meus filhos. Juntos recordamos o que fizeram, o que gostaram, o que sentiram e também falamos sobre o que não aconteceu como esperado. Evocamos boas memórias que ajudam a contar e recontar a sua história de vida. São ótimos momentos de partilha, proximidade e também de alguma emoção.
O que fazer com tantas produções artísticas?
Sei que nem sempre é fácil guardar todos os trabalhos em casa. Quanto a mim, não seria a melhor opção para preservar tais relíquias.
A minha sugestão é que guardem os trabalhos mais significativos por ano e com estes organizem um “álbum de memórias”, onde também podem juntar fotografias, imagens, diplomas, cartas, imagens, que ajudam a retratar os momentos mais significativos. O processo de seleção dos trabalhos pode ser realizado com a criança, ajustando sempre as tarefas à sua idade. Esta participação envolve a criança e permite a integração de acontecimentos e vivências do contexto escolar para a vida familiar. Se ainda assim existirem obras de arte, podem montar uma galeria numa parede da casa ( com pinturas da criança e dos pais quando pequenos), ou emoldurar e oferecer a familiares. Há um mundo de possibilidades e muitos materiais que conjugados, dão uma nova cor à vida!
Prontos para experimentar?
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Este fim de semana chega ao fim o horário de inverno e abrimos as portas ao horário de verão.
Esta mudança de horário traz consigo alterações na rotina e ritmos das crianças e consequentemente das suas famílias. Não se admirem se a criança apresentar cansaço, falta de apetite, aumentar as birras (sim, eu sei que as birras são frequentes!) ou recusa para ir ou sair da cama. Podem existir outros cenários dependendo da criança e da dinâmica familiar. Como pais, será importante ter esta consciência para agirmos com a flexibilidade e paciência necessária nesta fase. Às crianças é exigido um esforço adicional para esta adaptação, pois não possuem os mecanismos que nós adultos possuímos. Para ajudá-las cá estamos nós, o seu porto seguro, o seu guia, a luz dos seus olhos!
Assim, vamos ao que interessa. Deixo-vos aqui dicas que considero imprescindíveis na integração/ajustes nas rotinas diárias:
√ SONO- No dia anterior deite a criança um pouco mais cedo e nos dias anterior vá ajustando o horário, tendo em conta o tempo que demora a adormecer. Como haverá luz até mais tarde, siga o ritual de fechar estores e janelas, no período que antecede a ida para a cama, para a criança entender que se está escuro é hora de dormir (especialmente crianças até aos cinco anos) e evitar despertar demasiado cedo ( é provável que aconteça). Há, não permita que a criança durma de dia para compensar as alterações de sono à noite;
√ ALIMENTAÇÃO – é provável que a criança apresente perda de apetite ou recusa alimentar na primeira semana. Isto é expectável, pois terá que comer uma hora mais cedo. Na semana de adaptação evite alimentos pesados ou introdução de novos alimentos. Não force a criança a comer. Respeite o seu ritmo e os sinais que vai dando.
√ SAÚDE – Algumas crianças podem demonstrar sintomas que podem fazer crer que está doente. Será importante uma avaliação ponderada (registo de sintomas, tempratura…) para evitar a ida para o médico/ hospital sem necessidade. Em caso de dúvida ligue ao médico ou para a saúde 24.
√ ESCOLA – mantenha o horário de entrada e saída da escola, principalmente neste período de adaptação, pois qualquer mudança poderá confundir a criança. Igualmente será importante manter a rotina de quem leva e vai buscar. Comunicar com educadores/professores no que respeita a qualquer alteração/ajuste ou necessidade da criança é fundamental neste processo.
√ PASSEIOS AO AR LIVRE – Momentos de exposição solar e passeios ao ar livre facilitaram a os ajustes do relógio biológico da criança e dos pais.
√ PAIS – nesta fase é necessário que sejam pacientes, flexíveis e que preparem com atenção esta mudança.