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5 dicas para desenvolver mindset de felicidade familiar

PHOTO-2020-05-18-22-50-25Há umas semanas realizei com a minha amiga Patrícia Rocha, da Azorescoaching um ciclo de webinars sobre educar com Kids coaching. No nosso último encontro, tivemos o prazer de falar sobre o tema e partilhar os segredos para desenvolver um Mindset de felicidade familiar.

Recentemente, a Patrícia escreveu um texto sobre o tema e não resisti propor-lhe a partilha no blog.  Estamos alinhadas na missão que temos de ajudar mães, pais, cuidadores e  e crianças a alcançarem o seu verdadeiro potencial.

Aqui fica a partilha do texto publicado no expresso das ilhas-cv. Espero que gostem tanto como eu!

” Resolvi trazer este tema especialmente para este momento particular em que vivemos (confinamento devido à Covid-19) e na semana em que se comemora o dia da família!

Mindset numa linguagem simples é a forma como organizamos o nosso pensamento, como observamos o mundo e decidimos encarar as situações do quotidiano (a nossa mentalidade perante a vida). É o produto dos nossos valores e crenças.

No contexto familiar, os fortes laços emocionais entre pais e filhos fazem com que seja na maioria das vezes necessário estabelecer novo mindset com o objetivo de viver com maior bem-estar.

Assim, de que modo podemos desenvolver novos modelos de felicidade familiar? Como cortar com modelos impostos e adoptados inconscientemente e no qual acreditamos que trarão felicidade? Como levar uma família a olhar para o que de facto traz a verdadeira felicidade? Como levar a família a  ajudar os seus membros a encontrarem o seu melhor?

Algumas dicas :

1 . Acreditar que a relação com os nossos filhos pode ser uma relação nova.

Muitas vezes nós, tendenciosamente e sem nos apercebermos, projetamos nas relações com os nossos filhos situações da nossa infância.

2. Libertar-se da visão distorcida e improdutiva da vida.

Foque-se naquilo que conquistou: Lembre-se de factos, situações positivas reais que viveu e experimentou, que foram fruto de muito esforço, dedicação e resiliência.

3. Aplicar Coaching informal com os filhos.

Uma abordagem de coaching informal a ser aplicada no dia a dia da rotina familiar trará calma às crianças, aos pais, ao ambiente familiar e logo a felicidade e bem-estar.

Ter filhos contentes, animados e com saúde emocional e social não é ilusão. Somente é necessário que os pais conheçam ferramentas e técnicas de como ajudar os seus filhos a lidarem consigo mesmos; Incutir-lhes a mentalidade para terem sempre presentes atitudes que conduzam a autoresponsabilidade, autonomia e tomada de decisão.

Como agir no dia a dia aplicando coaching informal com as crianças?

  • Ter boas conversas, o que implica mais perguntas e mais tempo de fala da criança;
  • Fazer boas perguntas o que pressupõe perguntas que levam a criança a pensar, a ter maior percepção sobre si e situações;
  • Aumentar a autoestima da criança, listando feitos bem-sucedidos;
  • Conduzir a criança para a resolução de problemas fazendo com que esta entenda melhor a situação.

4. Pensar nas coisas Positivas

Martin Seligman, pai da Psicologia Positiva criou uma série de métodos para treinar a mente a pensar de uma forma positiva. Traz-nos o conceito de Flourishing – teoria que defende que, para as pessoas conseguirem a felicidade plena é preciso que cultivem emoções positivas, relacionamentos positivos, propósitos de vida e realizações. Só assim elas poderão “florescer”, desenvolver seu potencial e seguirem o caminho da felicidade. Dentro da família é elevar a crença no futuro, encontrar recursos positivos e colocar em uso para o bem do todo. Fomentar flourishing na família pode começar por ações diárias simples que demoram em torno de 10 a 15 minutos:

  • Na hora de dormir e num encontro, de toda a família, cada um relata 2 a 3 coisas boas que aconteceram durante o dia;
  • Cada um diz o que aconteceu de interessante nesses acontecimentos;
  • Cada um relata o que sentiu;
  • Os Pais reforçam positivamente e destacam as conquistas obtidas, trazendo a sensação de que o dia valeu a pena, abrindo assim a perspectiva de esperança de que os dias vindouros poderão ser melhores.

5. Praticar gratidão

Estudos indicam que agradecer e mostra-se grato perante as coisas e as pessoas que temos a nossa volta traz benefícios físicos e psicológicos, incluindo aumentar níveis de felicidade.

Mantenha-se atento ao seu mindset e torne-o favorável ao alcance da felicidade familiar.”

Patrícia Rocha – Life Coach

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Coranavírus: como abordar o tema com as crianças

Estamos a viver dias diferentes do habitual com a chegada do Coronavirus. Nas nossas casas vivem-se dias envoltos de dúvidas, incertezas, medos, ansiedade, preocupação, alteração de rotinas e pânico face ao desconhecido. Neste momento desafiante, é importante estarmos atentos às crianças, ao que perguntam, ao que sentem, aos seus comportamento, aos sinais que expressão sem falar e que podem traduzir muitas das suas inquietações. Envolvidos pela avalanche de informação, podemos acabar por  desvalorizar cuidados importantes a ter com a saúde emocional dos mais novos. Acredito que existem muitos pais, avós, educadores a vivenciar situações desafiantes com as suas crianças, pelo temor que possam sentir face a esta epidemia. Neste processo será importante ter em mente que a saúde emocional é essencial para que o sistema imunológico esteja ativo.

Para ajudar as famílias neste momento, partilho sugestões para abordar o tema com as crianças:

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♥ Conversar em família sobre o tema, adequando a informação à idade da criança.

♥ Proteger a criança de notícias, imagens, conversas e comentários que em nada ajudarão a tranquilidade e compreensão de tudo o que está a acontecer no seu mundo exterior e interior;

♥ Aproveitar o tempo juntos para reforçar hábitos e práticas diárias que ajudam à prevenção e proteção de todos (é um excelente momento para transmitir informações que ficam para a vida);

♥ Mesmo perante um cenário preocupante, é importante desdramatizar as preocupações. Para se sentir segura a criança precisa assimilar essa estabilidade nas figuras de referência;

♥ Expressar e falar sobre o que sentem acerca do que está a acontecer. P. ex: Sabes filho, estamos todos preocupados com este vírus? O que tens pensado? Eu estou muito preocupada mas sei que juntos vamos ultrapassar tudo da melhor forma. O que sentes neste momento? Há alguma coisa que podemos fazer para te sentires melhor?

♥ Contar e recontar histórias que envolvam emoções que a criança demonstra estar a vivenciar. O falar é mais eficaz e reparador do que o silêncio;

♥ Em caso de quarentena, atribuir a leveza necessária à situação ajudará a criança a gerir melhor as mudanças na rotina, dificuldades que surjam e a integrar esta realidade;

♥ Dinamizar atividades juntos permitirá fortalecer laços e a passar o tempo de forma divertida. Aproveitar o tempo para fazer coisas que na normalidade dos dias não faríamos;

As crianças são especialistas a “ler-nos” e percebem se o que lhes transmitimos vem do coração. Enganar uma criança pode parecer fácil, mas acreditem que terá custos elevados no futuro. A confiança e o amor são dois pilares de excelência para que sejamos o seu porto seguro.

Vamos aproveitar esta realidade para transformar desafios em oportunidades?

A mudança exterior começa no nosso interior. Como vamos contribuir para esta mudança?

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Desafios na sala de aula: por onde começar?

By PiterestQuando o assunto é a escola muitos pais estremecem. Se falamos em avaliação, então nem se fala. Os desafios diários são infindáveis…

Numa luta contra o tempo, pais e filhos medem “esforços” e “forças” para alcançarem o equilíbrio desejável entre as expectativas e as reais necessidades.

Recentemente participei numa reunião na escola da minha filha, a professora partilhou com os pais a sua preocupação com alguns comportamentos da turma. No geral, são crianças que falam muito e em alguns momentos esse “burburinho” interfere na qualidade das aulas. Falar é assim tão anormal? Crianças saudáveis falam, questionam, partilham, expressam-se… ( foi só um aparte!)

Quase no fim da reunião surgiu a pergunta de um pai: professora, o que podemos fazer nós para que alterar esta situação? Que pai corajoso, pensei de imediato. Não só pela pergunta, mas por estar disposto a assumir a corresponsabilidade em fazer alguma coisa para uma melhoria em sala de aula. É com alguma facilidade que se responsabiliza apenas a escola e os professores por questões que envolvem também as crianças. A cooperação escola-família, familia-escola é super importante para todos!

A professora sugeriu que os pais estivessem mais atentos aos recados ( perspetiva punitiva, bastante normal, tendo em conta o regime em que nos inserimos!) e que falassem com os filhos “para alterarem” aquele comportamento. Depois de ouvi-la com atenção e respeito não pude deixar de intervir para dar o meu contributo. Senti-me tão bem, por ter um conhecimento que me permite ver a realidade com outros olhos, sabendo que há sempre solução e por ter a oportunidade de partilhar estratégias eficazes do Kids Coaching®.

Assim sendo, desafiei a professora a abordar o assunto com as crianças, apresentando-lhes a realidade atual da sala de aula e pedir-lhes ideias para alterar a situação. Acrescentei que se todos estiverem alinhados e se sentirem parte do grupo, vão evoluir juntos e provocar a transformação desejada.

Desafios na sala de aula: por onde começar?

♥ Ser exemplo ( querendo ou não somos um espelho que reflete nos alunos);

♥ Estabelecer relação/ conquistar confiança  (base de qualquer relacionamento);

♥ Comunicar assertivamente (Ser verdadeiro, quando se diz algo à criança, que seja sentido);

♥ Não categorizar atitudes / comportamentos;

♥ Ter um espaço/ tempo para falar sobre emoções ( para cada um dizer como se sente, o que precisa e como podem tornar o ambiente na sala de aula mais agradável para todos);

Afinal de contas, a mudança começa em nós!

Adultos conscientes, que nutrem respeito, que aceitam cada um como é, que estimulam a diversidade, que responsabilizam, que ouvem sem segundas intenções e que acolhem as diversas opiniões, concerteza que fazem a diferença na vida dos seus alunos, da escola e consequentemente na sua própria vida.

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Pais perfeitamente imperfeitos

Nunca se ouviu falar tanto de educação, de parentalidade consciente, de pais e de filhos. Existem inúmeros cursos, workshops, encontros, a informação está ao acesso de todos e na sua maioria à distância de um clic. Muitos pais sentem necessidade de mais conhecimentos para educar os filhos e procuram apoio para o exercício de uma parentalidade plena e insenta de erro.  Assim, tem crescido a ideia de que para sermos pais é necessário uma panóplia de teorias e de apetrechos físicos para educar dentro dos parâmetros.

IMG_2429Numa sociedade de ideais esforçamo-nos demasiado por atingir a perfeição. Exigimos muito de nós e desejamos ansiosamente que os nossos filhos sejam exemplares. Não posso deixar de segredar que… Educar é um ato nobre que exige leveza, criatividade e muita dedicação.

Com tudo isto criou-se a imagem de que temos que estar à altura de todos os desafios e em excelente performance. Até certo ponto poderá ser verdade, pois é um desejo que todos temos.

O desafio será sempre ajustar as expectativas e tal ideia deixará de fazer sentido se deixarmos de acreditar nela. Prontos? Para que isso se torne mais simples,  deixo-vos um exercício que garanto trazer resultados.

Começamos por entender onde estamos para depois definir onde desejamos chegar na educação dos filhos.

1- Escreva as respostas às seguintes perguntas:

Como nos definimos com pais? Que pais desejamos realmente ser ? Que memórias pretendemos criar na vida desta (a) criança(a)?

2- Escreva algo que pretende alcançar (objetivo)

Exemplo: Estabelecer uma relação de maior proximidade com o meu filho

3- Defina uma meta a alcançar

Exemplo: Aumentar em 2h o tempo disponível para atividades a dois.

4- Escreva o que  poderá fazer para alcançar o que deseja (estratégias)

Exemplo: Planear com a criança a semana, enquadrando o tempo em conjunto (escrever numa agenda ou mapa que possa ser afixado).

5- Defina ações diárias para o plano de mudança (rotina)

Exemplo: Envolver a criança em tarefas diárias de acordo com idade ( ajudar a pôr a mesa, passear o cão, levar o lixo, arrumar o quarto), mostrando-lhe que podem gerir melhor o tempo e fazer tarefas de forma divertida.

Para qualquer mudança na vida é imprescindível saber onde estamos e para onde desejamos ir. Nesta perspetiva, basta assumir o que desejamos e fazer o necessário para sermos “pais perfeitamente imperfeitos”, sendo os melhores pais que os nossos filhos podem ter!

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kids Coaching – o futuro da educação

Hoje vou contar-vos uma história. Uma história real igual a tantas outras, mas que de algum modo pode ajudar-nos a compreender o universo infantil e descobrir uma nova abordagem na educação.

Esta é a história de uma menina de quatro anos que foi para uma escola nova. Neste contexto, o mais seguro era a presença da sua mãe, que a levava e ia buscar todos os dias. A criança chorava no caminho para a escola, intensificando o choro nos momentos de despedida. A mãe sonhava com o dia em que chegariam tranquilamente à escola. Na tentativa de terminar este “carrossel emocional” dizia-lhe: “pára de chorar, ninguém te está a fazer mal”; ” és tão crescida e mais pareces um bébé”; ” estão todos a olhar para ti”; ” Por favor filha, pára com isso, a mãe tem de ir trabalhar” ou “se parares de chorar, a mãe compra-te uma prenda”... algumas das tentativas funcionavam um dia, mas nada tinham um efeito duradouro e consistente. Depois da mãe sair parava de chorar e passados uns minutos estava tranquila. Em conversa com a mãe, compreendi que estava com imensas dificuldades em gerir a situação, sentindo-se perdida, angustiada, cheia de dúvidas, sentimentos de culpa e como baixa auto-estima, colocando em causa as suas competências de mãe.

Assistir a esta situação deixava-me incomodada, pelo desespero emocional de ambas. Confesso que houve dias em que não sabia se consolava a mãe ou filha. Por muitas sugestões que tivesse para dar, sabia que nada ajudaria como o Método Kids Coaching.

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Como terminou a história?

Com uma abordagem centrada nas necessidades e sentimentos da criança, mãe e filha conseguiram transformar um momento de sobrevivência numa oportunidade de evolução cognitiva e emocional. Assim, a menina passou a entrar na escola feliz, sem chorar e a despedir-se tranquilamente da mãe.

Através da aplicação do método KidsCoaching®, esta mãe encontrou respostas dentro de si que possibilitaram adotar o estilo de relacionamento mais ajustado àquela situação e necessidade da criança, elevando-a a um patamar de empatia, compromisso e realização daquilo que era importante para ambas.

Com a utilização desta abordagem na educação, todos ganham:

♥ Os adultos aprendem a respeitar os sentimentos da criança, conversar sobre o que pensa, preocupa ou imagina, a estabelecer regras/acordos e elogiar as suas conquistas. Com este estilo de relacionamentos são visíveis melhorias no relacionamento com a criança, maior confiança como pais e conhecimento de técnicas e práticas facilmente aplicáveis para lidar com suas próprias emoções.

♥ As crianças adquirem maior autoconhecimento, autoconfiança, automotivação, sentimento de conquista, melhor relacionamento com família e amigos, melhor entendimento de sentimentos/emoções e maior aceitação/tolerância.

Com esta pequena história compreendemos que a hipótese de ter filhos felizes, com sucesso e emocionalmente saudáveis, não faz parte do mundo da fantasia. Na missão de educar, desejar o melhor para os  filhos parece ser insuficiente, tendo em conta a velocidade das mudanças sociais entre gerações. Sermos pais imperfeitos não limita a possibilidade de sermos pais conscientes, transformando dificuldades em oportunidades, conseguindo o equilíbrio familiar que tanto desejamos.

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Afinal, de quem é a culpa?

IMG_1133Esta é uma pergunta que aparece com frequência no dia a dia das famílias. E surge essencialmente por desencontros entre o que uns querem e o que outros fazem. Pais sentem vergonha de alguns comportamentos dos filhos, perante si, amigos ou até mesmo na escola.

Este assunto está relacionado com alguma experiência vossa?

Em que momentos sentem culpa?

Qual a maior dificuldade que estão a enfrentar na tua família?

Conheço pais que fazem de tudo para evitar comportamentos indesejados dos filhos e também sei de filhos que se esforçam para fazer o que os pais querem, mas ambos sem sucesso. Deste modo, surgem desencontros, desconfortos, desilusões, tristezas e em alguns casos muito sofrimento. Um comportamento é apenas a expressão de um pensamento ou emoção e não está relacionado com os pais, numa perspectiva de ausência de afetos e sentimentos.

Mas afinal, de quem é a culpa?

Se por um lado existem pais que sentem o peso da culpa, por outro existem crianças que reagem mal à frustração e escalam vezes sem conta a parede da desresponsabilização.

A culpa é uma falta voluntária contra o dever; omissão; desleixo, Causa (de mal ou dano) ou Imputação. A culpa por norma, traz associada a desculpa na esperança de se retirar o peso das ações. Por sua vez, Responsabilidade é entendida como a obrigação de responder pelas próprias acções , pelas dos outros ou por coisas confiadas.

E agora continuam a achar que alguém tem culpa? Ou será que existem responsáveis por atitudes e comportamentos?

O que pode mudar, se alimentarem os sentimentos de culpa?
Como mudar comportamentos indesejados de forma efetiva?
Responsabilizarem os filhos com técnicas apropriadas, poderá alterar alguma coisa?
Mas afinal, de quem é a responsabilidade?
De todos nós!
Pais e filhos podem alterar juntos esta realidade. Para tal é necessário reformular ações, intenções e responsabilidades.
De acordo com cada família, os comportamentos e a idade da criança, existem técnicas e ferramentas para intervir no universo infantil que vão potenciar a mudança nos pensamentos, emoções, atitudes e consequentemente nos comportamentos.
 Método KidsCoaching ®
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Escola nova … vida nova!

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Font: Pinterest

A entrada na escola para os mais pequenos ou a mudança para os mais crescidos, requer das famílias predisposição e estratégias para gerir esta fase!

A adaptação a qualquer mudança requer tempo, paciência e persistência. Especialistas na área comportamental afirmam ser necessários vinte e um dias para instalar uma mudança. Por mais complexo que seja o processo, desistir não é opção.

Já passei inúmeras vezes por este processo, em duas posições diferentes: como mãe e como educadora. Tenho duas experiências das quais retirei diferentes perspectivas. Quer de um lado, quer do outro sempre encontrei as mesmas necessidades e foi isso que me levou a partilhar este texto.

A adaptação à escola é um tema que dá “pano para mangas”. Esta fase traz consigo um acréscimo de responsabilidade e um misto de sentimentos e emoções.

Pais e filhos desde tenra idade são expostos a um teste de bravura e são-lhes exigidas competências, que em momento algum imaginaram.

À criança é exigido um esforço imensurável para gerir a ausência das figuras de referência, a distância física e o vazio emocional. Para ajudar os adultos desejam a pés juntos que não hajam birras nem “cenas”, especialmente até chegarem à escola. Para tal, alguns pais cedem à tentação de fazer promessas, a chantagens e negociações que em nada beneficiam um processo de mudança e de adaptação. Algumas crianças queixam-se de dores, fazem febre ou apresentação sintomas próprios de doença,

Aos pais, por sua vez, é exigido que se comportem adequadamente (como adultos que são), consigam despedir-se com facilidade, sejam fortes, cheguem a horas, que não se esqueçam dos materiais, que os deitem a horas, que transmitam calma e segurança, que não chorem, que mostrem confiança na escola, que não desistam ao primeiro sinal de medo ou desconfiança.

Acredito que é possível uma adaptação tranquila e progressivamente consolidada se forem implementadas algumas estratégias facilitadoras. Assim, é fundamental:

Conversar com a criança sobre o tema ( esta é o início de todo o processo. Aqui a criança começa a pensar sobre o assunto);

Antecipar os momentos que vão chegar, através de treino de comportamentos possíveis. Com esta prática a criança tem a oportunidade de se preparar e ser preparada, sendo-lhe mostrado o que é esperado e de que forma pode gerir sentimentos e emoções;

Visitar a escola uns dias antes é uma ótima forma de tornar real o que possa ter sido falado, reforçando os pontos fortes do espaço e das pessoas (obviamente sendo verdade). As crianças sentem-nos e sabem se estamos a ser verdadeiros;

– Quando se inicia a adaptação à escola , caso existam condições para fazê-lo de forma gradual, o tempo de permanência deve aumentar dia após dia e nunca acontecer o contrário;

Permitir que a criança escolha um objeto para levar na mochila  ( os peluche, foto dos pais, brinquedo). Costumo utilizar uma estratégia que aprendi com uma educadora e que faz sucesso: preparar com a criança uma folha com foto dos pais, irmãos e/ou animais. Esta folha pode ficar na mochila para a criança rever sempre que sentir saudades. Está é uma estratégia de auto-regulação bastante eficaz;

– Nos primeiros quinze dias a um mês a criança deve manter uma rotina o mais tranquila possível, sem grandes eventos ou compromissos. Criar rotinas próximas do período escolar será o ideal;

Confiar na equipa da escola é meio caminho para o sucesso deste processo. Caso tenhas dívidas, pergunta. A partilha e a confiança são elementos fundamentais para o sucesso da integração e o bem-estar de pais e filhos.

Bom ano letivo!

 

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Cinco passos para gerir o tempo em família

Estar em família e desfrutar de momentos agradáveis é o desejo de pais e filhos. No entanto é algo que nem sempre se concretiza, pelo menos com a regularidade desejada. Ouço com frequência que na educação “menos é mais “, numa perspectiva de que nem sempre a quantidade supera a qualidade.

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Conheço muitos pais que sentem uma frustração enorme por não terem tempo para brincar com os filhos, outros por não conseguirem jantar com eles, outros porém por não os verem acordados. São inúmeras as limitações que se impõem na vida actual, mas também são muitas as imposições que colocamos à nossa agenda, por idealizações que fazemos ou simplesmente por não sabermos dizer “não” a compromissos extra. Um dado curioso, que li num livro de Coaching Parental é que todos temos 24 horas no dia e mais 86400 segundos para gerirmos as nossas actividades. A questão é que a imensidão de compromissos que surgem na agenda de pais e de filhos, bloqueiam muito do que podem desfrutar em conjunto. Se por um lado desejamos que os filhos participem em diversas actividades (assistam ao filme que estreou, marquem presença nas festas de aniversário, façam caminhadas, trabalhos de casa, durmam em casa de amigos ou jantem fora), por outro lado, devemos seleccionar com algum rigor as actividades e priorizá-las.  Para tal é essencial face a cada actividade, perguntar: E se eu não fizer isto? O que é que pode acontecer? Quando somos sinceros na resposta, encontramos a certeza das nossas escolhas e passamos a valorizar o que é realmente importante para a nossa família.

Para uma melhor gestão do tempo em família há que pôr em prática um plano que promova as mudanças desejadas:

1º Passo – desejar a mudança;

2º Passo –  Identificar as actividades do dia em queremos ter mais tempo (definir para quê, com quem);

3º Passo – identificar o que nos tem impedido de consegui-lo;

4º Passo –  definir estratégias para concretizar cada mudança;

5º Passo- Avaliar os resultados, redefinir prioridades e ,se necessário, voltar ao primeiro passo.

“Educar é viajar no mundo do outro, sem nunca penetrar nele. É usar o que passamos para transformar no que somos.” (Augusto Cury)

Conceição Pereira
Amor d`3ducação